A matéria de capa do JBFoco de ontem (quarta, 09/01) foi o pronunciamento da vereadora Magali Prazeres (MDB) a respeito de três meses sem os serviços do SAMU (Serviço Móvel de Urgência) em Biguaçu.
O líder comunitário da região de Santa Catarina, interior de Biguaçu, João Vianei Lopes, também comentou: “O Samu em Biguaçu desativado desde outubro de 2018. Mas os repasses do governo federal, no valor de R$ 21.900,00 MENSAIS para o custeio continuam a vir. É grave! Precisamos respostas”.
Este também foi o questionamento da vereadora Magali, que chegou a solicitar uma reunião com a secretária municipal de saúde, Genivalda Ronconi, mas esta não a atendeu, ou seja, inventou desculpas para não prestar esclarecimentos à vereadora que reclama justamente do fato de que a prefeitura simplesmente não responde seus protocolos e indicações de solicitação de informações.
COINCIDÊNCIA?
Na quarta (09/01), quando o JBFoco preparava reportagem sobre o caso e divulgou naquele dia nota da Coluna do Décio a respeito desse problema, a prefeitura divulgou em seu site oficial a matéria intitulada “SAMU de Biguaçu retoma atendimento à população”.
O subtítulo dessa matéria foi “Serviço passou por reorganização e reintegração das equipes de plantão”.
Reorganização? Reintegração? Ou seja, a prefeitura vendeu a imagem de que paralisou as atividades do SAMU por TRÊS MESES porque estava REORGANIZANDO o serviço na cidade.
Ótimo. Mas uma coisa não encaixa. Segundo a vereadora Magali Prazeres, a prefeitura continuou recebendo normalmente a verba do governo federal para o custeio desse serviço na cidade.
A pergunta é simples: ora, se recebeu o dinheiro, onde o mesmo foi gasto?
Aliás, esta é a pergunta de Magali: onde o dinheiro foi gasto? Se não tinha serviço do SAMU, onde o dinheiro acabou sendo aplicado?
Vale lembrar que se trata de uma verba “carimbada”, isto é, não pode ser gasta em outra coisa que não no objetivo fim, que é o pagamento dos salários das equipes de socorristas do SAMU e seus equipamentos.
Na matéria em questão, o prefeito Ramon disse: “Agora, começamos 2019 com o nome de Biguaçu na lista dos municípios que receberão uma nova ambulância para o SAMU e isso nos enche de alegria”.
Mas essa ambulância foi doada pelo governo federal e não com o dinheiro do repasse do SAMU que não funcionou nos últimos três meses. A
MANIPULAÇÃO
No meio da matéria, o assessor de imprensa da prefeitura escreveu: “O serviço que havia sido interrompido nas últimas semanas de 2018 para reorganização e reintegração”.
Não é verdade. O SAMU não funcionava desde outubro de 2018, ou seja, o assessor quis pregar uma “mentirinha” querendo vender ao público que a falta do serviço só ocorreu nas “últimas semanas de 2018”, ou seja, apenas em dezembro do ano passado.
Mas em 27 de outubro de 2018, o JBFoco publicou a reportagem intitulada “Ambulância do SAMU de Biguaçu está quebrada?” com o subtítulo de “Perguntar não ofende: o governo do Estado está mandando o repasse de verbas para o SAMU de Biguaçu em dia?”
A prefeitura não prestou qualquer esclarecimento. Não deu explicação alguma. Queria esconder a verdade dos fatos.
APARECEU A SECRETÁRIA
A assessoria de imprensa, que escreveu que o SAMU estava paralisado, pois “havia sido interrompido nas últimas semanas de 2018 para reorganização e reintegração” (na realidade, uma “mentirinha”, pois já vinha desde outubro do mesmo ano), publicou a seguinte declaração da secretária de saúde, Genivalda Ronconi: “Queremos com a retomada das atividades garantir a efetividade do serviço em nossa Comarca, reduzindo o tempo entre a chamada da população e o atendimento e o encaminhamento para nossa Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas) ou para uma unidade hospitalar”.
Interessante. Agora que o SAMU voltou a funcionar, Genivalda aparece para dar alguma declaração. Mas para dar uma explicação do que estava ocorrendo à vereadora Magali Prazeres (MDB), que pediu o agendamento de uma reunião com o objetivo de conseguir informações sobre os problema do SAMU, aí Genivalda simplesmente tomou Doril, ou seja, “sumiu”.
OMISSÃO
Um detalhe chamou a atenção. A matéria da assessoria de imprensa estampou o subtítulo “Serviço passou por reorganização e reintegração das equipes de plantão”.
Mas ao longo do extenso texto sobre o retorno das atividades do SAMU, o assessor simplesmente não explicou que “reorganização” e “reintegração” foram essas. Não explicou absolutamente nada. Sacaram?
Inclusive omitiu a história da contratação de dois funcionários no SAMU durante os meses em que o serviço estava paralisado. Segundo a vereadora Magali, foram duas contratações de pessoas que, segundo ela, não preenchiam os requisitos do serviço. Por que essas contratações? A prefeitura não deu quaisquer explicações.
RESUMO
A matéria publicada sobre o retorno do SAMU pela assessoria da prefeitura de Biguaçu é a “cara” da atual gestão. Não esclarecem nada e, se precisar, omitem, manipulam, distorcem ou, simplesmente mentem, só para passar a uma imagem que não condiz com a verdade dos fatos.





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