O jornal Notícias do Dia publicou nesta semana reportagem questionando a completa falta de transparência em verbas destinadas à manutenção tanto da Casa da Agronômica, residência oficial do governador Carlos Moisés da Silva, quanto da casa da vice-governadora, Daniela Reinehr, no bairro Itaguaçu, no lado continental de Florianópolis.
Desta vez o biguaçuense, Matheus Hoffmann, está no centro da nova confusão envolvendo dinheiro público. Pois vejamos.
O Jornal Notícias do Dia questionou que, no Portal da Transparência, está informado que R$ 1,1 milhão em “verbas especiais” foi gasto até ano passado. Porém não estava especificado no quê. Afinal de contas, que gastos foram estes?
A equipe de reportagem do citado jornal foi em cima e descobriu que esse montante foi gasto na “manutenção” das duas residências.
Bom! Em primeiro lugar, R$ 1,1 milhão é muito dinheiro. Vale lembrar que a Casa da Agronômica e a casa da vice-governadora não são imóveis abandonados. Pelo contrário. Quando o atual governador e sua vice assumiram os cargos, esses imóveis estavam lá e muito bem arrumados. É verdade que tem uma equipe de funcionários de manutenção, mas eles já não são pagos pelo erário público? Pelo que se sabe, o dinheiro é para gastos “extras” tipo trocar a maçaneta que quebrou, arrumar a parede que rachou etc.
A questão é: em que o montante de R$ 1,1 milhão foi gasto? O grande problema é que essas informações não estão disponíveis, segundo o ND, no Portal da Transparência.
Por exemplo, foi comprado um aparelho de cortar grama. No Portal, era para estar o valor, o local onde foi comprado, a data da aquisição da máquina e, se possível, inclusive, a foto do aparelho, pois a tecnologia permite isso.
Essas informações não constam. Apesar que foi gasto o montante de R$ 1,1 milhão e mais nada. Não há qualquer especificação detalhada dos gastos.
MATHEUS
De acordo com a reportagem do ND, quatro servidores da Casa Civil são os responsáveis pela administração desse dinheiro da manutenção das duas casas oficiais do governador e da vice.
Entre os quatro, consta o nome do então secretário adjunto da Casa Civil, Matheus Hoffmann, de Biguaçu.
Com a exoneração e prisão em junho passado do então ex-secretário da Casa Civil, Douglas Borba, Matheus acabou pedindo as contas e saindo do cargo.
“BATATA QUENTE”
Matheus foi convidado pelo então vereador licenciado de Biguaçu, Douglas Borba, a assumir o cargo de secretário adjunto da Casa Civil.
Seu salário era de R$ 10.171,79, que recebeu entre janeiro de 2019 a junho de 2020. Por outro lado, Matheus era “conselheiro” da Casan e Ciasc.
Uma vez por mês, Matheus era obrigado a participar de uma reunião para discutir alguns assuntos da Casan e Ciasc respectivamente e, por isso, tinha um acréscimo de R$ 7.500,00 no salário.
Até aí, tudo certo. Matheus recebia R$ 17,6 mil por mês por serviços de sua função.
Agora é que vem a “batata quente” descoberta pelo jornal Notícias do Dia. Do montante de R$ 1,1 milhão, Matheus recebeu R$ 109,9 mil que ficaram sob sua responsabilidade para gastos nas residências oficiais.
A questão é simples: em que esse dinheiro foi gasto? Onde estão as notas fiscais das despesas referentes a esses gastos? O que foi comprado com esse dinheiro? Que serviços foram pagos?
Se porventura, conforme salientou o jornal ND, essa contabilidade não for apresentada nos mínimos detalhes, aí a coisa vira a famosa “Batata Quente”.
Se já não bastasse o escândalo dos respiradores, que arruinou a carreira política de Douglas Borba, o governador Carlos Moisés está sendo questionado a respeito de quais despesas foram feitas e que teriam custado R$ 1,1 milhão.
Ninguém aqui está afirmando que há irregularidades, mas os gastos com as devidas notas fiscais e, se for o caso, verificando-se que alguns dos produtos realmente estão no estoque, têm de aparecer.
Como não houve transparência e um escândalo inacreditável em cima dos respiradores, a coisa precisa ser esclarecida e investigada doa a quem doer.

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